Um jornalista da agência France Presse (AFP) viu vários manifestantes no centro de Almaty, a maior cidade do país, a serem levados pela polícia, enquanto várias testemunhas relataram pelo menos mais 30 prisões noutras cidades do país.
Estes protestos, alguns de pequena dimensão, são contra as restrições impostas pelas autoridades e foram organizados por dois grupos rivais: Escolha Democrática (DCK) e Partido Democrata, com ambos a denunciarem a repressão aos seus militantes.
Os manifestantes exigiram o alívio da dívida para a população atingida pela crise e denunciaram a expansão económica da China no Cazaquistão.
O Partido Democrata não está oficialmente registado como um partido político e o DCK e seus militantes são considerados "extremistas" pela justiça local.
As autoridades apelaram esta semana à não participação nos protestos da oposição, apesar da recente flexibilização das restrições.
O Cazaquistão está a passar por uma das mais graves crises económicas da sua história, depois de ter sido atingido pela pandemia do novo coronavírus e pela queda acentuada dos preços do petróleo, o principal produto de exportação do país.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 392 mil mortos e infetou mais quase 6,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.