Segundo a prefeitura de Madrid, cerca de três mil pessoas juntaram-se pelo meio-dia em frente à embaixada dos Estados Unidos em Madrid.
Negros e brancos criticaram a morte de George Floyd, de 46 anos, repetindo as suas últimas palavras "Não consigo respirar" e gritando "Não há paz sem justiça" e "Vocês, os racistas, são terroristas".
Em Roma, uma manifestação improvisada juntou na praça Piazza milhares de jovens, que se ajoelharam em silêncio e com os punhos levantados durante nove minutos, o tempo durante o qual o polícia apoiou o joelho no pescoço de George Floyd até ele morrer.
Depois, levantaram-se e gritaram: "Não consigo respirar".
Na Tailândia, onde uma manifestação anti-racista foi proibida, mais de 200 pessoas participaram num protesto virtual, ligando-se através do Zoom para verem vídeos do movimento "Black Lives Mater" (as vidas negras importam) e contestar a violência policial.
Os manifestantes em Madrid também se ajoelharam no chão levantando os punhos, um gesto iniciado pelo jogador de futebol norte-americano Colin Kaepernick, em 2016, num estádio, enquanto tocava o hino nacional dos Estados Unidos.
Os manifestantes espanhóis caminharam depois pacificamente até a icónica Porta do Sol, em Madrid.
Em Barcelona, centenas de manifestantes juntaram-se na praça Sant Jaume, onde se situa a sede do governo regional da Catalunha.
Com máscaras e mantendo as distâncias de segurança, exibiram cartazes em inglês para denunciar o racismo em Espanha e na Europa.
Outras manifestações estão previstas para o dia de hoje em Copenhaga, Bruxelas, Glasgow e Londres, onde, no sábado, uma manifestação pacífica com milhares de pessoas terminou em confrontos, com a polícia a cavalo a dispersar manifestantes, que lançavam garrafas contra a autoridade.
George Floyd, afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, Estado do Minnesota, depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Os quatro polícias envolvidos no caso foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.