Os últimos dados oficiais apontam para 502.436 infetados, sendo o terceiro país mais atingido pela pandemia de covid-19, só ultrapassado pelos Estados Unidos e pelo Brasil, refere a agência de notícias France Presse.
Nas últimas 24 horas, as autoridades registaram 174 mortes pelo vírus, que fizeram subir o número de óbitos para 6.532. Por outro lado, há já mais de 261 mil pessoas curadas.
A cidade de Moscovo, epicentro da epidemia de covid-19 no país, iniciou o período de desconfinamento na terça-feira, mas as autoridades têm registado o aparecimento de novos casos de infeção.
Entretanto, também as fronteiras foram reabertas parcialmente, refere a agência de notícias France Presse.
Críticos do Kremlin acusam as autoridades de terem decidido acelerar o desconfinamento antes do grande desfile militar, que se realiza em 24 de junho em Moscovo, para comemorar a vitória sobre os nazis.
Outro dos motivos apontados para o início do desconfinamento é o do referendo sobre a reforma constitucional que se realiza em 1 de julho. O referendo estava inicialmente agendado para o final de abril mas acabou por ser adiado devido à pandemia.
O presidente do Tribunal de Contas, Alexei Koudrine, alertou hoje para o subfinanciamento do setor da saúde, contrariando as declarações do Governo que tem sublinhado a sua capacidade de reorganizar o sistema hospitalar a tempo de combater a pandemia e de conduzir uma política de rastreamento em massa da população.
Koudrine, uma voz frequentemente crítica da elite russa, pediu hoje uma "reconstrução séria" do setor da saúde, especialmente nas regiões onde os estabelecimentos ainda não possuem equipamentos modernos.
[Notícia atualizada às 16h48]