No interior são obrigatórios avisos a indicar o respeito pelo distanciamento social de dois metros e painéis de proteção entre clientes e funcionários nas caixas de pagamento.
Mas algumas lojas foram mais longe, instalando dispensadores de gel desinfetante, determinando regras sobre o toque de objetos em exposição ou a prova de vestuário e exigindo o pagamento por cartão.
De acordo com a empresa de sondagens YouGov, os britânicos estão divididos entre os que são favoráveis (41%) à reabertura e os que consideram que é demasiado cedo (39%) por ainda existirem riscos para a saúde pública.
Porém, o Reino Unido enfrenta o risco de uma recessão forte, tendo sido divulgado na sexta-feira pelo instituto nacional de estatísticas britânico (ONS) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido contraiu 20,4% em abril, uma queda mensal recorde resultante da interrupção da atividade económica durante o período do confinamento iniciado a 23 de março.
O ministro das Finanças, Rishi Sunak, considera que é necessário "reabrir a economia de forma gradual e segura", lembrando que o setor do comércio de bens não essenciais representa cerca de 1,3 milhões postos de trabalho e movimenta anualmente 46,6 mil milhões de libras (52 mil milhões de euros).
"Elas [lojas] vão ser vitais para ajudar a impulsionar a economia à medida que recuperamos do vírus", afirmou.
Atrações ao ar livre, como jardins zoológicos, também vão poder abrir, e fiéis vão poder orar individualmente em locais de culto a partir de hoje.
Hoje passa também a ser obrigatório o uso de máscaras nos transportes públicos, mas noutros espaços fechados ainda continua a ser opcional.
As regras aplicam-se a Inglaterra porque as outras nações do Reino Unido (Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) têm autonomia e adotaram normas e calendários diferentes para o desconfinamento.
As lojas não essenciais já abriram na Irlanda do Norte na sexta-feira passada, mas ainda não têm data para a reabertura na Escócia e País de Gales.
O governo britânico tem previsto uma nova fase de desconfinamento a partir de 04 de julho, quando poderá ser permitida a reabertura de bares e restaurantes se não forem identificados sinais de que a taxa de transmissão de doença aumentou.
Até ao momento, o Reino Unido registou 41.698 mortes durante a pandemia covid-19, de acordo com o ministério da Saúde britânico, o maior número na Europa e terceiro maior número a nível mundial, atrás dos EUA e Brasil.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 431 mil mortos e infetou mais de 7,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.