A galeria Marlborough, em Londres, que representa a portuguesa Paula Rego, começou hoje a receber visitantes com reserva prévia para a exposição de fotografia "Pretty Free", do norte-americano Ryan McGinley, e "Strangers on a Terrain", do pintor também norte-americano Karl Wirsum.
A Stephen Friedman Gallery vai relançar a partir de hoje a exposição de tapeçaria do sueco Andreas Eriksson, "Mapping Memories, Tracing Time", encerrada apenas um dia após a estreia em março, devido ao confinamento.
Ao mesmo tempo, reagindo aos protestos anti-racismo do movimento 'Black Lives Matter', a galeria colocou em destaque na montra uma obra da artista anglo-nigeriana Yinka Shonibare, mantendo as luzes ligadas durante a noite para garantir que seja visível permanentemente do exterior.
Na terça-feira, abrem os dois espaços da galeria White Cube, conhecida por representar muitos dos artistas contemporâneos britânicos mais conhecidos, como Gilbert & George, Anthony Gormley e Damien Hirst.
A galeria tem atualmente em exposição exposições individuais de Peter Schuyff e de Cerith Wyn Evans, que vão ficar patentes até agosto, mas num horário reduzido.
A necessidade de respeitar o distanciamento social levou as galerias a estabelecer visitas em determinados intervalos de tempo, devido à capacidade limitada.
As galerias privadas foram autorizadas a reabrir a partir de hoje, juntamente com outras lojas de bens não essenciais, como roupa, brinquedos ou eletrónicos.
Outros espaços culturais, como museus, teatros e cinemas, continuam encerrados, sem uma data clara sobre quando será permitida a sua reabertura.
O ministro britânico da Cultura, Oliver Dowden, anunciou há três semanas a criação de cinco grupos de trabalho com profissionais do setor para desenvolver regras de segurança para as atividades serem retomadas.
As regras aplicam-se a Inglaterra porque as outras nações do Reino Unido (Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) têm autonomia e adotaram normas e calendários diferentes para o desconfinamento.
Até ao momento, o Reino Unido registou 41.736 mortes durante a pandemia covid-19, de acordo com o ministério da Saúde, o maior número na Europa e terceiro maior número a nível mundial, atrás dos EUA e do Brasil.