O Ministério da Saúde brasileiro dá conta, esta terça-feira, de mais 1.282 mortes associadas à pandemia do novo coronavírus, fixando o total acumulado em 45.241, uma variação de 2,9% em relação à véspera, em que foi reportado um registo diário de 627 óbitos.
Depois de quatro dias com registos diários abaixo dos mil óbitos, o país volta, assim, a ver crescer o número de vítimas mortais de forma significativa.
Em relação aos casos de infeção, a tutela indica que foram confirmadas mais 34.918 pessoas diagnosticadas nas últimas 24 horas, um número também muito superior ao dia anterior (20.647) e o mais alto a ser reportado desde o início da pandemia no país.
O número total de casos confirmados no país é agora de 923.189.
São ainda reportados, no site do Ministério, um total de 441.729 casos de pessoas recuperadas e 436.219 em acompanhamento pelas autoridades de Saúde. A taxa de letalidade situa-se nos 4,9% e a taxa de mortalidade é calculada em 21,5%.
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes e mais casos confirmados da infeção por Covid-19, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, que contabiliza, até ao momento, mais de 116 mil mortos e mais de 2,1 milhões de casos de infeção confirmados.
O Brasil soma 21,5 mortes e 439,3 casos de Covid-19 por cada 100 mil habitantes, numa nação com uma população estimada de 210 milhões de pessoas. Até agora, 23 das 27 unidades federativas do Brasil já registaram mais de 10 mil casos de infeção, e nove já concentram mais de mil vítimas mortais em decorrência do novo coronavírus.
Sublinhe-se que o Ministério da Saúde brasileiro está sem responsável máximo há quase um mês, depois de Nelson Teich, responsável pela tutela, ter pedido exoneração do cargo no passado dia 15 de maio (com menos de um mês em funções), por discordar do presidente, Jair Bolsonaro, na questão da administração do medicamento cloroquina, ainda sem provas dadas de que é efetivo no combate à Covid-19 e desaconselhado pelos principais reguladores.
A tutela está à responsabilidade de um ministro interino, o general Eduardo Pazuello, que nomeou mais quatro militares para ocuparem cargos naquele ministério, elevando para 13 o número de oficiais que colocou a trabalhar no executivo.