"Considerando o aumento dos casos de infeções pelo novo coronavírus, estenderemos a validade do confinamento até 31 de julho deste ano", afirmou Shmigal durante uma reunião do gabinete de ministros, segundo comunicado do Governo da Ucrânia.
O chefe do Governo ucraniano apontou que a flexibilização do confinamento foi interpretado por muitos como o levantamento de todas as restrições, de modo que "hoje temos um resultado infeliz".
Shmigal observou que, nos últimos sete dias, 4.835 pessoas foram infetadas com a covid-19, a maior taxa de infeção na Ucrânia.
"Entendo que as pessoas estão cansadas do confinamento, mas atualmente não há outra maneira mais eficaz de impedir a propagação do vírus", acrescentou, num pedido aos ucranianos para que não relaxem e continuem a usar máscaras, a fazer a desinfeção e a garantir o distanciamento social.
Além disso, o primeiro-ministro pediu a avaliação da abordagem atualizada proposta pelo Ministério da Saúde, que permite a aplicação de medidas mais severas em algumas regiões em caso de necessidade e a revisão do horário de trabalho para evitar horário de pico e sobrelotação do transporte público.
"O novo coronavírus não se foi, a ameaça que emana dele para nós e todo o sistema médico não desapareceu", enfatizou.
Nesta quarta-feira, 758 novos casos e 31 mortes foram confirmados, enquanto nos cinco dias anteriores o número de novas infeções diárias não ficou abaixo de 650, com uma tendência ascendente.
Anteriormente, o Governo da Ucrânia havia estendido o confinamento até 22 de junho, simultaneamente a uma flexibilização gradual que começou em 22 de maio com o levantamento de algumas restrições.
Na Ucrânia, 33.234 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus, das quais 14.943 receberam alta e 943 morreram.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 443 mil mortos e infetou mais de 8,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.