À medida que a Europa avança com o desconfinamento, vão aumentando as queixas quanto a festas ilegais um pouco por todos os países. Desde as ruas de Londres, às praias de Portugal, centenas de pessoas se têm reunido, colocando em risco a contenção da propagação do novo coronavírus.
A vontade de regressar à normalidade é muita, mas este tipo de ajuntamento levanta preocupações entre os especialistas de Saúde.
Em declarações à Reuters, a chefe da polícia londrina, Cressida Dick, refere que as autoridades têm sentido dificuldade em dispersar as multidões.
"Vimos um largo número de pessoas a infringir por completo as recomendações das autoridades de Saúde, dando a ideia de que não se importam minimamente com a saúde deles e dos familiares", admite.
Police have faced a second night of violence as they moved in to break up illegal raves happening across London. pic.twitter.com/hPMzT81oCa
— LBC (@LBC) June 26, 2020
Também esta quinta-feira, no Reino Unido, após o jogo que consagrou o Liverpool como campeão inglês, o distanciamento social foi completamente esquecido entre os adeptos.
Em Portugal, as autoridades também já foram obrigadas a intervir, sendo que a festa ilegal na praia de Lagos originou mais de 111 casos de infeção pelo novo coronavírus. Ajuntamentos em Braga e no Porto durante o passado fim de semana também deram o alerta e levaram a um reforça da necessidade de manter as regras de distanciamento social.
Berlim, na Alemanha, não foi exceção e também lá se reuniram centenas de pessoas para dançar e viver a noite, pela qual o país é caraterístico.
"As pessoas estão desejosas de contacto social", disse um DJ, residente em Berlim, à Reuters.
Estes ajuntamentos não-autorizados levantam preocupações entre as autoridades, que temem que os jovens - que frequentemente apresentam sintomas ligeiros ou são assintomáticos - transmitam o vírus sem darem por isso.
De acordo com o virologista português Celso Cunha, em declarações à Reuters, este tipo de eventos torna impossível a adequada testagem e rastreio do vírus.