Os especialistas cubanos, transportados por um avião fretado pelo Governo guineense à companhia açoriana SATA, foram recebidos no aeroporto internacional de Bissau pela Alta Comissária para a Luta Contra a covid-19, Magda Robalo, e pelo embaixador cubano em Bissau, Raul Silva.
Os oito médicos, 10 enfermeiras e enfermeiros intensivistas, dois técnicos de laboratório, um técnico em eletromedicina, um logístico e um chefe da equipa fazem parte da 36.ª brigada internacionalista cubana.
Segundo o embaixador de Cuba, Raul Silva, os especialistas cubanos, que vão juntar-se à brigada médica cubana destacada em Bissau, no âmbito da cooperação, "formarão uma grande família" ao lado dos colegas guineenses para "salvar vidas".
O embaixador cubano em Bissau defendeu que os membros da equipa chegada hoje à Guiné-Bissau "foram cuidadosamente selecionados" para trabalhar no âmbito do combate à covid-19.
"Estão aqui no cumprimento do dever sagrado de salvar vidas num país pobre, mas com um povo nobre e agradecido", disse Raul Silva.
A Alta Comissária para a Luta Contra a covid-19 e antiga ministra da Saúde guineense, Magda Robalo, referiu que a vinda da equipa médica cubana "é mais uma demonstração de solidariedade e cooperação" existentes entre a Guiné-Bissau e Cuba, "numa relação de longa data".
"Cuba sempre esteve ao lado da Guiné-Bissau, desde o período da luta pela independência até hoje. Não é de estranhar o envio de médicos cubanos para ajudar a Guiné-Bissau a combater a pandemia da covid-19", observou Magda Robalo.
A responsável guineense, que distribuiu ramos de flores a cada um dos 23 especialistas cubanos assim que saíram do avião, enalteceu a cooperação de Havana numa altura em que, disse, a pandemia da covid-19 se alastra no país.
"A Guiné-Bissau deve preparar-se para um aumento de casos e vítimas da covid-19", avisou Magda Robalo, frisando não estar a alarmar as pessoas, mas a alertar e consciencializar sobre os perigos.
Também presente no momento da chegada dos especialistas cubanos, o representante da Organização Mundial da Saúde Jean-Marie Kipela considerou que a Guiné-Bissau "precisa de esforços adicionais", nomeadamente de especialistas na área clínica da gestão da covid-19.
Kipela está convencido de que os cubanos vão ajudar e melhorar o trabalho que tem sido feito por técnicos guineenses e de outras nacionalidades que já estão no combate à doença, num país em que, disse, a maioria de pessoas infetadas são assintomáticas.