"O estado de emergência em parte do território durará pelo menos 30 dias, a partir de 02 de julho", afirmou hoje o Governo da Macedónia do Norte, em comunicado.
"O Centro de Gestão de Crises será ativado devido ao crescente número de entradas e trânsito de imigrantes ilegais", acrescentou, referindo que este órgão "vai preparar, de imediato, um plano de ação para prevenção e a gestão das entradas e do trânsito" de migrantes.
"Quase todos os dias há tentativas ilegais de atravessar a fronteira" da vizinha Grécia para a Macedónia do Norte, adiantou o porta-voz do Ministério do Interior, Toni Angelovski.
Após um período de pouco movimento, este pequeno país dos Balcãs experimentou um aumento no fluxo migratório a partir do inverno passado.
Apesar de o fluxo ter sido interrompido com o surto da pandemia de covid-19, as tentativas de atravessar o país em direção ao Norte da Europa voltaram a multiplicar-se nas últimas semanas.
Durante a grande crise migratória de 2015, o norte da Macedónia (a antiga república jugoslava da Macedónia só passou a chamar-se Macedónia do Norte em 2019) registou um forte afluxo de migrantes que queriam seguir a chamada Rota dos Balcãs, que usa parte do Leste da Europa para chegar ao Norte do continente.
Cerca de um milhão de refugiados e migrantes entraram pela Grécia e passaram para a Sérvia e Hungria, para continuar em direção a países como a Alemanha.
A rota dos Balcãs foi oficialmente fechada em 2018, mas as tentativas de atravessar ilegalmente nunca pararam completamente.