"Estamos a detetar cada vez mais casos [de infeção pelo novo coronavírus] procedentes do estrangeiro. Por isso fazemos um apelo urgente para não viajarem para estes países", disse o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, numa conferência de imprensa.
Qualquer pessoa que chegue à Áustria proveniente da Bulgária, da Roménia ou da Moldávia deve apresentar um teste negativo feito menos de quatro dias antes ou submeter-se a uma quarentena de duas semanas.
Quem não respeitar a quarentena, frisou Kurz, incorre numa multa de 1.450 euros e quem sair à rua sabendo que é positivo pode enfrentar um processo judicial por colocar em risco a saúde pública.
O chanceler disse também que foram reforçados os controlos nas fronteiras com a Hungria e a Eslovénia, os países vizinhos que ligam a Áustria aos Balcãs.
Devido à pandemia de covid-19, a Áustria desaconselha viagens para 32 países, grupo que inclui desde a semana passada seis países dos Balcãs: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia.
Muitos austríacos têm raízes nos Balcãs e viajam para aqueles países para visitar familiares ou amigos. Cerca de 530.000 pessoas, uns 6% da população da Áustria, é natural ou descendente de cidadãos da antiga Jugoslávia.
Portugal, assim como o Reino Unido, a Suécia, a região alemã da Renânia do Norte-Vestefália e italiana da Lombardia constam igualmente da lista austríaca de destinos desaconselhados.
A Áustria regista até agora 706 mortes associadas à covid-19, num total de 18.500 casos.