O Departamento de Saúde registou 2.539 novos casos, aumentando para 50.359 o número total de infeções, que incluem 1.314 mortes.
O número de casos nas Filipinas é o segundo maior no sudeste Asiático, onde o número combinado de contágios supera os da China, onde surgiu a pandemia.
O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, facilitou o confinamento restrito na capital, com mais de 12 milhões de pessoas, a 01 de junho, depois de a economia ter encolhido ligeiramente no primeiro trimestre, a primeira contração em mais de duas décadas.
A desaceleração pode ser pior no segundo trimestre e provocar uma recessão, segundo responsáveis económicos.
A Indonésia, o país mais atingido pela pandemia no sudeste asiático, também registou um aumento de infeções após reabrir parte bda atividade comercial no mês passado.
"Não temos outra alternativa a não ser a reabertura da economia. Se não pudermos reabrir, talvez nos mantenhamos vivos, mas eventualmente morremos porque não há trabalho. Estamos a olhar para o equilíbrio", afirmou o porta-voz presidencial das Filipinas, Harry Roque.
Duterte sugeriu, em declarações televisivas proferidas na quarta-feira, que vai ser cuidadoso no relaxamento das restrições, afirmando que não pode ser tão ousado como os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro.
As Filipinas têm sido particularmente afetadas enquanto principal país fornecedor de mão-de-obra global.
Além das enormes perdas domésticas de empregos devido às restrições da quarentena e encerramento de comércios, o país tem lutado para lidar com dezenas de milhares de filipinos que regressam ao país depois de perderem os empregos no estrangeiro.
As autoridades fecharam o aeroporto internacional de Manila por uma semana, em maio, para dar tempo para descongestionar os centros de quarentena na capital, que foram sobrecarregados por mais de 24.000 trabalhadores retornados.
Dezenas de navios cruzeiro ancoraram na baía da capital, Manila, e esperaram durante semanas ou meses para que os milhares de tripulantes fossem testados antes de entrarem nas Filipinas para desembarcarem.
As autoridades reconhecem que o número crescente de infeções é uma bandeira, mas dizem que atualmente não representa um grande risco para uma retomada gradual das atividades económicas, se as pessoas seguirem as instruções de saúde obrigatórias, que incluem usar máscaras e distanciamento social.
Cerca de 800.000 pessoas foram testadas para o vírus até agora e cerca de 7% foram infetadas, segundo os responsáveis.
Peritos e até alguns aliados políticos de Duterte têm pedido mais testes e rastreamento de pessoas que possam ter estado expostas ao vírus, de forma a obterem uma imagem mais nítida do surto.
Quando Duterte aliviou o confinamento de três meses que encerrou a maioria dos escritórios governamentais e interrompeu o transporte público na capital, no mês passado, milhares de trabalhadores ficaram sem alternativas devido à limitação de autocarros disponíveis.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.