Washington congratula-se com investigação da OMS sobre origens do vírus
Os Estados Unidos saudaram hoje a investigação iniciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as origens da covid-19 na China, onde dois peritos da organização são esperados nas próximas horas para uma missão exploratória.
© REUTERS/Nick Oxford
Mundo Covid-19
"Vemos esta investigação científica como um passo necessário para uma compreensão completa e transparente de como este vírus se propagou pelo mundo", disse aos jornalistas o embaixador dos EUA na sede da ONU em Genebra, Andrew Bremberg.
Os Estados Unidos, que na terça-feira iniciaram oficialmente o procedimento de retirada da OMS, têm criticado a organização desde o início da crise, acusando-a de ter sido lenta a reagir e, sobretudo, de ter sido demasiado complacente com a China, onde o vírus apareceu no final de 2019.
O Presidente dos EUS, Donald Trump, tinha anunciado no final de maio que iria "pôr fim à relação" entre o seu país e a OMS, descrita como "a marioneta da China".
Os dois peritos da OMS, um epidemiologista e um especialista em saúde animal, são esperados este fim de semana em Pequim.
Espera-se que preparem o terreno para uma missão mais ampla para determinar a origem do novo coronavírus, responsável por mais de 556.000 mortes desde o final de dezembro.
O embaixador dos EUA disse esperar que as autoridades chinesas deem aos cientistas "pleno acesso aos dados, amostras e locais".
Uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse hoje à imprensa que "uma das grandes questões é se o vírus foi transmitido ao homem por um animal, e que animal é".
A grande maioria dos investigadores concorda que o novo coronavírus SARS-CoV-2, a causa da pandemia, pode ter tido origem em morcegos, mas os cientistas acreditam que passou por outra espécie antes de ser transmitido aos humanos.
É esta peça do puzzle que a comunidade científica internacional e a OMS esperam desvendar para perceber o que aconteceu, detetar práticas de risco e evitar outra pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 556 mil mortos e infetou mais de 12,36 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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