"Ficam isentas as operações em estado de emergência, os voos de carga e correio, aterragens técnicas, voos humanitários, repatriação ou voos autorizados pelas Nações Unidas e a passagem aérea de voos de carga e comerciais", explica o INAC em comunicado.
O documento sublinha que, como medida preventiva para evitar a propagação do novo coronavírus, os passageiros naqueles voos deverão ter "uma pré-autorização da autoridade aeronáutica venezuelana, e das autoridades sanitárias e de migração".
O INAC adianta que os "aeroportos de Maiquetía (norte de Caracas), Maracaibo, Porlamar, Barcelona, Barquisimeto, Valência, Punto Fijo, San António del Táchira, Santo Domingo, Puerto Ordáz, Maturín e Caracas (sul da capital)" estão fechados para voos internacionais que ingressem por prevenção da covid-19.
Na semana passada, o INAC anunciou que preparou um "Protocolo de Biossegurança para as Operações Aéreas na Venezuela" com medidas que devem ser aplicadas pelos passageiros, tripulação, aeroportos e concessionários quando as operações aéreas forem reativadas.
Nesse sentido, além do uso obrigatório de máscara, os trabalhadores que estejam em contacto com os passageiros deverão também usar luvas de látex e visores de acrílico, em todas as etapas da operação.
As operações de embarque e desembarque deverão ser coordenadas previamente, em conjunto, pela Guarda Nacional (polícia militar), equipas antidrogas, Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros, Serviço Nacional Integrado de Administração Tributária e Ministério da Saúde.
Os aeroportos venezuelanos passam a ter indicações, no piso, sobre o distanciamento físico entre passageiros, e barreiras plásticas transparentes nos balcões das companhias aéreas e nos pontos de controlo de emigração.
Na Venezuela, estão oficialmente confirmados 9.465 casos de pessoas infetadas e 89 mortes associadas ao novo coronavírus. Estão ainda dados como recuperados 2.671 pacientes.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 569 mil mortos e infetou mais de 13 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.