Em tribunal, ex-companheira de Epstein declara-se inocente

A antiga colaboradora e companheira do milionário Jeffrey Epstein, Ghislaine Maxwell, declarou-se hoje inocente das acusações de tráfico de menores e incitação à prostituição durante uma audiência no tribunal federal de Manhattan.

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© Reuters

Lusa
14/07/2020 19:25 ‧ 14/07/2020 por Lusa

Mundo

Ghislaine Maxwell

A britânica, de 58 anos, é acusada de recrutar raparigas menores para serem sexualmente abusadas pelo milionário Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em agosto de 2019, noticia a agência AFP.

A audiência de hoje também foi uma oportunidade para a filha do antigo magnata dos 'media', o britânico Robert Maxwell, procurar obter uma fiança para sair da prisão, tendo oferecido garantias de até cinco milhões de dólares (4,3 milhões de euros) para obter essa fiança.

A procuradora federal de Manhattan, Audrey Strauss, opôs-se ao pedido, explicando que a arguida apresenta um risco "extremo" de fuga.

Segundo a acusação, Ghislaine Maxwell, rica e com vários passaportes, possui ainda uma rede de conhecimentos no exterior que lhe permitira sair facilmente dos Estados Unidos.

Ghislaine Maxwell foi detida em 2 de julho na cidade de Bradford, em New Hampshire, por seis acusações, entre as quais tráfico de menores.

Fonte da procuradoria de Manhattan (Nova Iorque) citada pela imprensa afirmou que quatro das acusações são de "persuadir, induzir, atrair e coagir" raparigas menores, algumas com apenas 14 anos, a viajarem com o objetivo de realizar atos sexuais com Epstein, entre 1994 e 1997, e dois delitos de falso testemunho às autoridades, em 2016.

Várias presumíveis vítimas do milionário disseram ter sido recrutadas pela britânica.

Segundo a justiça norte-americana, Epstein abusou sexualmente de dezenas de raparigas menores na sua mansão de Manhattan e nas suas residências em Palm Beach (Florida), Santa Fé (México) e Londres, criando uma rede que envolveu também abusos por terceiros.

Um dos nomes envolvido no escândalo é o do príncipe André, segundo filho da rainha Isabel II de Inglaterra, que as autoridades norte-americanas acusam de não querer cooperar com a investigação.

Documentos judiciais publicados em agosto de 2019 referem que uma das mulheres que acusam Epstein, Virginia Roberts, afirmou ter sido obrigada pelo milionário a ter relações sexuais com o príncipe, quando tinha 17 anos.

O príncipe nega as acusações e afirma não conhecer Virginia Roberts, mas a imprensa britânica e norte-americana publicaram uma fotografia que o mostra abraçado à rapariga.

Jeffrey Epstein, 66 anos, investidor em fundos especulativos, foi formalmente acusado de abuso sexual de menores e tráfico sexual de menores em julho de 2019.

Menos de um mês depois, a 10 de agosto de 2019, o milionário foi encontrado morto na cela, numa prisão de Nova Iorque, no que as autoridades concluíram ter sido suicídio.

A morte levou ao arquivamento do processo judicial, mas permanecem abertos processo cíveis.

Na altura dos crimes, Ghislaine Maxwell tinha uma relação íntima com Epstein, ao mesmo tempo que trabalhava para ele na gestão das várias propriedades que lhe pertenciam.

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