Nas últimas 24 horas foram registados 1.898 casos e o total de infetados no país é agora superior a 44.500, incluindo 380 mortos.
O Ministério da Saúde alertou que, enquanto o surto inicial do vírus estava concentrado sobretudo nas comunidades ultraortodoxa e árabe, em geral mais aglomeradas e com piores condições económicas, agora está a espalhar-se de modo mais amplo.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, deve convocar uma reunião para hoje para discutir medidas e o diretor-geral do Ministério da Saúde, Hezi Levi, disse à rádio militar que pressionará por uma restrição maior dos movimentos, incluindo um possível confinamento aos fins de semana.
A aprovação do público em relação à forma como Netanyahu tem lidado com a crise de saúde e económica tem vindo a cair. Uma sondagem divulgada a semana passada mostrou que apenas 46% dos inquiridos considera boa a atuação do chefe do governo, contra 74% em maio.
Na quarta-feira, Netanyahu anunciou um plano para dar centenas de dólares em ajuda económica a todos os israelitas para ajudar a economia do país em declínio.
A proposta de estímulo económico do primeiro-ministro, que tem ainda de ser aprovada pelo governo, foi anunciada um dia depois de grandes protestos junto à sua residência e nos quais se pediu a demissão de Netanyahu.
O pacote de ajuda foi hoje criticado pelos principais especialistas em economia. O diretor do banco central israelita, Amir Yaron, disse que existem maneiras melhores de estimular a economia.
A ministra dos Assuntos Estratégicos, Orit Farkash-Hacohen, da coligação Azul e Branco, rival de Netanyahu e agora parceiro no governo, disse ao 'site' noticioso Ynetnews que votará contra a proposta.
"Dar seis mil milhões de shekels (1,5 mil milhões de euros) a pobres e ricos do mesmo modo, a quem precisa como a quem não precisa, não é um plano económico, é populismo", declarou a ministra.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 579 mil mortos e infetou mais de 13,4 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço da agência France Presse.