Desde 7 de julho, o estado de Victoria contabilizou 3.810 infeções com o novo coronavírus, o que corresponde a 29% do total de casos registados na Austrália desde o início da pandemia.
O responsável médico de Victoria, Brett Sutton, disse hoje que é possível que o número de casos aumente nos próximos dias, prevendo "entre 500 a 600" novos contágios diários.
A Austrália iniciou na segunda-feira uma investigação judicial ao novo surto de covid-19 em Melbourne, para apurar se houve violações das regras de segurança nos hotéis designados para realizar a quarentena obrigatória de viajantes vindos do estrangeiro.
De acordo com a imprensa local, os seguranças terão deixado os viajantes sair dos seus quartos ou mesmo tido relações sexuais com pessoas em quarentena.
Em 08 de julho, Melbourne, a segunda cidade mais populosa do país, foi colocada novamente em confinamento até 20 de agosto, após o fracasso das medidas para evitar a propagação do vírus.
O novo surto levou as autoridades de Victoria a impor a utilização de máscaras em Melbourne e na cidade rural de Mitchell, também sob confinamento, uma medida sem precedentes na Austrália, que deverá entrar em vigor a partir de quinta-feira.
No estado limítrofe de Nova Gales do Sul, que encerrou pela primeira vez em cem anos a fronteira interna com Victoria, as autoridades permanecem em alerta máximo face aos focos detetados em Sidney, capital regional.
Hoje, as autoridades de Sidney anunciaram 16 novos casos de covid-19, que o Governo regional atribuiu à mesma fonte, com origem em Melbourne.
A Austrália contabilizou cerca de 13 mil casos de covid-19 desde o início da epidemia no país, em março, além de 128 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 610 mil mortos e infetou mais de 14,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.