Israel está a ser assolado por uma segunda vaga da pandemia, o que obrigou o Governo de Benjamim Netanyahu a impor um encerramento parcial do país durante os fins de semana.
Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias israelitas recensearam 10 mortes e 1.786 novos casos do novo coronavírus, mantendo o elevado número de infeções diárias.
Do total de casos confirmados, menos de metade estão ainda ativos, entre eles 319 pacientes que se encontram em unidades de cuidados intensivos.
Pelo segundo fim de semana consecutivo, todas as lojas ou comércios não essenciais vão encerrar hoje as portas às 17:00 locais, só podendo reabrir domingo de manhã, medida que gerou descontentamento entre os trabalhadores, que ameaçam não cumprir as ordens.
O novo coordenador nacional para a pandemia em Israel, Ronni Gamzu, apresentou esta semana o plano governamental para travar a propagação de covid-19, que dá mais poderes ao Exército e que prevê aumentar a realização de testes e de controlos sanitários para evitar a imposição de restrições mais graves.
Quarta-feira, o Governo israelita, que tem sido muito contestado pela forma como tem gerido a pandemia, aprovou uma taxa única a quase todos os cidadãos, medida de cariz económico destinada a aliviar o impacto da crise na sociedade, que regista níveis de desemprego superiores a 20%.
Milhares de israelitas estão há várias semanas a manifestar-se quase diariamente para exigirem apoio económico do Governo, a quem acusam de gerir a crise de forma "irresponsável".
Aos protestos juntam-se os que pedem, semanalmente, a saída de Netanyahu do cargo de primeiro-ministro, pois Netanyahu está a ser ouvido num julgamento que o envolve em casos de corrupção.