O The Portugal News pede ao Governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, para alterar a sua posição de obrigar os passageiros de voos com origem em Portugal a uma quarentena de 14 dias, devido à pandemia de covid-19, quando chegam ao seu território e "abrir uma ponte aérea" entre os dois países.
A petição, disponível aqui, considera que Portugal ficou de fora da lista de países a partir dos quais os passageiros podem entrar livremente no Reino Unido por um "surto isolado na área de Lisboa" e regista "mais casos como resultado da realização de mais testes" do que outros países da União Europeia.
"Assim é inevitável que se registem mais casos de infeção do que em países como Itália ou Espanha, por exemplo, que não testam tanto", argumentou, sublinhando que estão em causa "duas medidas", porque também se registam surtos em Espanha, Alemanha ou no próprio Reino Unido.
A petição defende que Portugal teve uma "boa gestão" da pandemia Covid-19, enquanto ouros países tiveram um maior número de mortes por milhão de habitantes, como a Espanha, a França e a Itália, e ficaram fora da lista de países obrigados a quarentena.
Apontou também a possibilidade de os turistas britânicos contornarem a imposição de quarentena viajando para Portugal através de um terceiro país não sujeito a essa restrição, dificultando uma eventual necessidade de identificar contactos e estabelecer confinamentos.
A petição refere ainda que a decisão de não incluir Portugal no corredor aéreo com o Reino Unido "foi política e nada mais" e "está impregnada de dualidade de critérios".
Por isso, a autora da petição pede às pessoas para assinarem a petição e fazerem "pressão" junto do Governo britânico para que Portugal deixe de estar incluído na lista de países de origem cujos passageiros têm de fazer quarentena de 14 dias à chegada ao Reino Unido.
Às 18:00, a petição já tinha subscrita por 28.225 pessoas e pedia "ajuda para chegar a 35.000" em breve.
A 24 de julho, o Reino Unido manteve Portugal fora do corredor aéreo que dispensa quarentena no regresso ao país devido à pandemia de covid-19, reiterando as restrições que tinha imposto pela primeira vez no início do mês.
Na decisão de 24 de julho, o Reino Unido anunciou que Portugal continuava de fora dos corredores de viagens que isentam os passageiros de quarentena na chegada ao Reino Unido, que passavam a contar com mais cinco países.
Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia e as ilhas de St. Vincent, nas Caraíbas, foram acrescentados à lista pelo ministério dos Transportes britânico, na sequência de uma avaliação dos riscos de infeção com covid-19 feita pelo Governo britânico, que produziu efeitos a 28 de julho.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 694 mil mortos e infetou mais de 18,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.739 pessoas das 51.681 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.