O governo do Líbano concordou em pôr todos os funcionários do porto de Beirute, responsáveis por segurança e armazenamento desde 2014, em prisão domiciliária.
A notícia é avançada pela Reuters, que cita fontes ministeriais, e que refere que o exército irá supervisionar as detenções até que sejam apuradas responsabilidades pelas duas explosões que fizeram mais de uma centena de mortos e milhares de feridos esta terça-feira.
O responsável do porto de Beirute já tinha admitido que foram feitos vários pedidos para retirar os materiais explosivos que se encontravam armazenados no porto, mas que esperou durante seis anos sem que a questão tivesse sido resolvida. Confessou ainda que as autoridades libanesas já tinham enviado cartas a pedir que as 2.750 toneladas de amónio fossem retiradas ou exportadas.
Recorde-se que o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, considerou, ainda ontem, “inadmissível que um carregamento de nitrato de amónio, de cerca de 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução” e prometeu punir os responsáveis.