"O Governo, através do Ministério da Terra e Ambiente, irá desenvolver a iniciativa presidencial de construção de aterros controlados de gestão de resíduos sólidos, sendo nesta primeira fase um aterro por cada província", anunciou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava a partir de Niassa, no norte do país, no âmbito da visita presidencial àquela província.
Filipe Nyusi disse ainda que a iniciativa "é insignificante dada a vastidão de cada província de Moçambique", mas, segundo o Presidente moçambicano, ainda assim, o objetivo é "reduzir a deposição desregrada dos resíduos sólidos no território".
"É pouco, mas nós estamos para começar. Queremos aterros cientificamente aprovados", destacou.
O episódio mais recente sobre a má conservação de resíduos sólidos no país ocorreu em fevereiro de 2018, quando uma parte da maior lixeira da capital moçambicana, Maputo, com a altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro em redor.
Dezasseis pessoas morreram no local, Hulene, das quais sete eram crianças.
Em 2018, o Governo moçambicano anunciou que a lixeira de Hulene seria encerrada, numa operação estimada em 110 milhões de dólares (93 milhões de euros, ao câmbio atual).