Omã declara apoio a acordo "histórico" entre Emirados e Israel

Omã expressou hoje o seu apoio ao acordo "histórico" negociado pelos Estados Unidos que prevê a normalização das relações entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, anunciou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do sultanato.

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Lusa
14/08/2020 11:13 ‧ 14/08/2020 por Lusa

Mundo

Israel/Emirados

 

"Esperamos que esta decisão ajude a estabelecer uma paz completa, justa e duradoura no Médio Oriente" e que "esteja ao serviço das aspirações de todos os povos da região", acrescentou o responsável, citado pela agência oficial de notícias Oman News Agency (ONA, em inglês).

O porta-voz referiu ainda deseja que o acordo "sustente os pilares da estabilidade e segurança" na região "para a promoção do progresso e da prosperidade de todos os países".

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que Israel e os Emirados Árabes Unidos concordaram em estabelecer relações diplomáticas plenas, como parte de um acordo para impedir a anexação israelita de terras ocupadas pelos palestinianos.

O anúncio torna os Emirados Árabes Unidos (EAU) o primeiro Estado do Golfo Árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel e apenas a terceira nação árabe a fazê-lo.

Donald Trump partilhou na rede social Twitter uma declaração dos dois países, reconhecendo o acordo.

Após o anúncio de Trump, Israel e os Emirados Árabes Unidos divulgaram uma declaração conjunta em que se refere que delegações dos dois países vão reunir-se nas próximas semanas para assinar acordos sobre voos, segurança, telecomunicações, energia, turismo e saúde.

Os dois países vão também estabelecer uma parceria no combate à covid-19.

"A abertura de laços diretos entre as duas sociedades mais dinâmicas e as economias mais avançadas do Médio Oriente vai transformar a região, estimulando o crescimento económico, aprimorando a inovação tecnológica e estreitando relações entre as pessoas", lê-se no comunicado assinado por Netanyahu e o príncipe herdeiro do Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o governante dos Emirados Árabes Unidos.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, também elogiou a iniciativa, que caracterizou como "uma conquista notável para dois dos Estados mais progressivos e tecnologicamente avançados do mundo, que reflete a visão regional compartilhada de uma região economicamente integrada. Ilustra também o compromisso em enfrentar ameaças comuns, como nações pequenas, mas fortes. Bem-aventuradas são os pacificadores".

Entre as nações árabes, apenas o Egito e Jordânia têm laços diplomáticos com Israel. A Mauritânia reconheceu Israel em 1999, mas depois cortou relações, em 2009, devido à guerra de Israel em Gaza.

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