O país báltico somou pelo segundo dia um máximo de infeções em 24 horas, após quinta-feira ter registado 180 novos casos, noticia a agência EFE.
Os novos surtos aconteceram na região da cidade marítima de Split e na capital, Zagreb, explicaram as autoridades de Saúde croatas em conferência de imprensa.
"Dois terços dos novos contágios são jovens que estiveram recentemente em bares noturnos", realçou o epidemiológico responsável, Krunoslav Capak.
Na Croácia existem neste momento 961 "casos ativos" de covid-19, sendo que 106 destes estão hospitalizados e 10 ligados a ventiladores.
O país báltico, com 4,7 milhões de habitantes, já registou até agora 6.258 contágios e 163 mortes, duas delas nas últimas 24 horas.
Perante o crescimento de novos casos na Croácia, a Áustria desaconselhou hoje viagens àquele país, um dos destinos mais apreciados por austríacos para gozo de férias.
"Lamentavelmente estamos a registar um número crescente de infeções em viajantes que regressam da Croácia", apontou o ministro da Saúde austríaco, Rudolf Anschober, em comunicado.
Assim, a Croácia passa a estar classificada como país de risco no regulamento de entrada na Áustria a partir de 17 de agosto.
Apesar da medida entrar em vigor na segunda-feira, já hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Áustria aconselhou os turistas do seu país que se encontrem na Croácia a "regressarem urgentemente".
Com a Croácia são agora 32 os países assinalados pela Áustria como de "alto risco de segurança" face à situação epidemiológica.
O alerta significa que as pessoas que chegam àquele país da Europa Central devem apresentar um teste negativo do novo coronavírus feito nas 72 horas anteriores, ou realizarem um teste nas primeiras 48 horas após a chegada e permanecer em confinamento até ter o resultado do exame.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.358 mortos, mais de 316 mil casos), seguindo-se Itália (35.234 mortos, mais de 252 mil casos), França (30.388 mortos, mais de 331 mil casos) e Espanha (28.617 mortos, mais de 342 mil casos).