Migrações recuperam destaque na campanha alemã depois de ataque à faca

O tema das migrações voltou a estar em destaque na campanha para as eleições antecipadas na Alemanha depois de um ataque num parque na Baviera, alegadamente cometido por um cidadão afegão, que matou duas pessoas.

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Lusa
23/01/2025 12:08 ‧ há 4 horas por Lusa

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Alemanha

O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, que lidera nesta altura as sondagens, apelou hoje a uma "mudança fundamental" no direito de asilo na Alemanha, depois do ataque desta quarta-feira, em Aschaffenburg.

 

O suspeito, um homem de 28 anos do Afeganistão a residir ilegalmente na Alemanha, foi detido. Do ataque resultou a morte de um menino de 2 anos e de um homem de 41 anos. Três outras pessoas foram feridas com gravidade.

Em conferência de imprensa, Merz sublinhou que, caso se torne chanceler, pretende introduzir "uma mudança fundamental no direito de entrada, no direito de asilo e no direito de residência", um "controlo duradouro" das fronteiras com os países vizinhos e uma "proibição de todas as tentativas de imigração ilegal".

O líder da União Democrata-cristã (CDU) propôs tornar mais rigorosa a política de migração, sobre a qual disse não estar disposto a fazer concessões.

As reações políticas a este ataque têm-se multiplicado desde o ataque de quarta-feira. O chanceler, Olaf Scholz, que é novamente candidato pelo Partido Social Democrata (SPD) exigiu esclarecimentos às autoridades sobre a razão pela qual o autor do crime ainda se encontrava na Alemanha e não teria sido deportado.

"Estou cansado de ver estes atos de violência a acontecerem", revelou. Scholz reuniu-se ontem de emergência com a ministra federal do Interior, Nancy Faeser, e com os chefes das autoridades de segurança.

O candidato dos Verdes, Robert Habeck, apontou que o presumível autor do crime terá problemas psicológicos e já terá cometido vários crimes.

"Como é que esta pessoa não está a ser vigiada?", escreveu Habeck na rede social X.

Já o presidente dos Liberais (FDP) e candidato, Christian Lindner, advertiu que a Alemanha deve continuar a ser um país tolerante.

"Mas isso deve acontecer de acordo com as nossas regras, não à custa da nossa segurança", partilhou no X. Na rede social Instagram, Lindner publicou um vídeo afirmando que a Alemanha fracassou porque este "não é um caso isolado".

Caso integre novamente o governo, o FDP colocaria como condição uma política de migração diferente.

A líder do BSW, Sahra Wagenknecht, voltou a apelar a uma mudança de rumo na política de refugiados, acrescentando que uma repetição dos ataques de Solingen e Mannheim, só provam que há "um fracasso do chanceler e da sua ministra do Interior".

"Isso torna-os politicamente co-responsáveis por qualquer outro ato terrível", adiantou ao Politico.

O tema domina nesta altura os meios de comunicação com os alemães ainda a recuperarem do choque.

Leia Também: Autor de ataque na Alemanha tinha sido denunciado por "problemas mentais"

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