O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, vai participar na reunião em Bruxelas, encabeçada pela Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
Está previsto um minuto de silêncio e soarão sirenes como as que avisam as cidades ucranianas dos bombardeamentos russos.
O principal tópico da discussão vai ser a guerra na Ucrânia e coincide com o terceiro aniversário da invasão ao território ucraniano pela Federação Russa. O momento também é o mais sensível para o conflito e para o apoio que a Ucrânia recebe.
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, criticou a União Europeia e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pela maneira como estão a conduzir o conflito, considerando o homólogo da Ucrânia "um ditador" sem legitimidade democrática e culpabilizando-o pela guerra.
Volodymyr Zelensky retorquiu que o republicano Donald Trump está a viver dentro de uma "bolha de desinformação" criada pela Rússia, mas retórica política à parte, Washington e Moscovo estão a negociar um possível cessar-fogo e acordo de paz, que a UE e a Ucrânia acusam de estar a ser feito à margem das pretensões do país invadido.
A Casa Branca admitiu recentemente que os objetivos de recuperação dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia e a adesão à Aliança Atlântica "são irrealistas", contrariando a posição dos países europeus que apoiam a Ucrânia.
O 16.º pacote de sanções contra a Rússia, para tentar coartar as pretensões militares de Moscovo, vai incidir sobre 44 embarcações da apelidada "frota fantasma".
Os chefes da diplomacia dos países da UE também abordarão a situação político-social na Síria, o cessar-fogo no enclave palestiniano da Faixa de Gaza, enquanto Israel continua as incursões na Cisjordânia, e também a ofensiva militar do movimento M23 na República Democrática do Congo, apoiada pelo exército do Ruanda.
Também está prevista, durante a tarde, uma reunião do Conselho de Associação entre a UE e Israel.
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