PC Chinês afasta antigo presidente de empresa aeroespacial por corrupção

O Partido Comunista Chinês (PCC) expulsou hoje Tan Ruisong, antigo presidente da estatal Aviation Industry Corporation of China (AVIC), dos seus quadros, na sequência do alargamento da campanha anticorrupção em curso no país aos setores aeroespacial e militar.

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Lusa
24/02/2025 07:36 ‧ há 2 horas por Lusa

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A Comissão Central de Inspeção e Disciplina (CCDI), órgão máximo anticorrupção do PCC, afirmou que Tan "tirou partido do setor militar para seu proveito pessoal" e transformou o seu cargo num instrumento de enriquecimento ilícito.

 

A agência acusou o antigo funcionário de aceitar subornos e utilizar o seu cargo para influenciar reestruturações empresariais e contratos de projetos.

A investigação revelou que o antigo presidente "perdeu os seus ideais e convicções, traiu as suas aspirações originais" e violou os regulamentos internos do PCC ao "aceitar banquetes inadequados", ao "envolver-se em trocas de poder por sexo" e ao utilizar a sua posição para "procurar obter benefícios para terceiros na reestruturação de empresas e na contratação de projetos de engenharia".

Tan, que foi secretário do Partido Comunista na AVIC, é também acusado de encobrir informações em investigações oficiais, aceitar presentes ilegalmente e desviar grandes somas de fundos públicos.

Na sequência da sua expulsão do PCC, o caso foi remetido para as autoridades judiciais, o que poderá conduzir a um processo penal.

O anúncio faz parte da vasta campanha anticorrupção lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, após ascender ao poder, em 2012.

A campanha intensificou-se nos últimos anos, com quase 900 mil funcionários punidos, em 2024.

O setor militar tornou-se um dos principais focos dos investigadores: a liderança do PCC anunciou em dezembro que iria "redobrar os seus esforços" numa luta que resultou na queda de ministros e oficiais do exército ao longo do último ano.

Xi sublinhou a necessidade de reforçar a disciplina e de lutar contra a corrupção no seio do Exército de Libertação Popular (ELP), para garantir que as Forças Armadas são "absolutamente leais, absolutamente puras e absolutamente fiáveis".

A atual campanha visa funcionários públicos, mas também setores tão diversos como as finanças, o tabaco e produtos farmacêuticos, entre outros, e segue-se à lançada em 2012, que foi acompanhada por uma maior repressão, censura e suspeitas de que as acusações fazem parte de uma manobra para calar os críticos.

Leia Também: Filipinas e Japão concordam em aprofundar aliança de defesa face à China

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