"Este é um passo importante na luta contra o terrorismo e os elementos desestabilizadores na nossa região", escreveu o chefe da diplomacia israelita nas redes sociais, depois do recém-empossado Presidente norte-americano, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva na quarta-feira a reclassificar os Hutis como uma "organização terrorista estrangeira".
O ex-chefe de Estado norte-americano Joe Biden retirou a classificação em 2020 e, no ano passado, considerou os rebeldes xiitas pró-iranianos como entidade "especialmente designada como terrorista global".
Este conceito classificava os Hutis, que controlam a capital iemenita Sanaa, numa categoria ligeiramente menos severa, justificada na altura pela intenção de manter o fluxo de ajuda humanitária ao país devastado pela guerra.
As atividades dos Hutis "ameaçam a segurança dos civis e dos militares norte-americanos no Médio Oriente" e a segurança dos parceiros regionais e a estabilidade do comércio marítimo internacional, referiu a nova ordem executiva norte-americana.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 07 de outubro de 2023 com um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em solo israelita, os Hutis lançaram numerosos ataques contra Israel, alegando agir em solidariedade com os palestinianos.
Os Hutis atacam também regularmente navios ligados, segundo a sua versão, a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido, no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma zona marítima essencial para o comércio global.
Estados Unidos e Reino Unido destacaram meios militares para a região e atacam com frequência posições dos rebeldes xiitas iemenitas.
No final do passado mês de dezembro, o Exército norte-americano atacou vários objetivos militares dos Hutis, nomeadamente na capital do Iémen.
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