Mais de 200 médicos cubanos chegaram à Venezuela para combater pandemia
Uma delegação de 230 médicos cubanos chegou à Venezuela para apoiar o combate à pandemia da Covid-19, anunciou hoje o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza.
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Mundo Coronavírus
"Como parte do trabalho da Comissão Presidencial para a Prevenção, Assistência e Controlo da covid-19, uma delegação técnica especializada de 230 médicos cubanos chegou no domingo à Venezuela, para reforçar a Missão 'Barrio Adentro' (Dentro do Bairro, de assistência médica gratuita) e apoiar a estratégia de prevenção e contenção da pandemia no país", refere o ministro num comunicado.
O documento refere que a delegação foi recebida no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maquetía (norte de Caracas), pelos ministros venezuelanos das Relações Exteriores, e da Saúde, Carlos Alvarado, o embaixador de Cuba na Venezuela, Dagoberto Rodríguez Barrera, e o chefe das "Missões Sociais" (programas estatais de assistência social) de Cuba na Venezuela, Júlio César Garcia.
"Nesta primeira fase e na próxima semana, chegaremos aos 500 (médicos) colaboradores e, depois, em setembro, a mil colaboradores", adianta o ministro da Saúde, citado pelo comunicado.
Segundo Jorge Arreaza, a chegada dos médicos ocorre no âmbito dos acordos de cooperação entre Cuba e Venezuela.
"Aqui, na Venezuela, (os médicos cubanos) são heróis e heroínas que arriscam as suas vidas para atender o nosso povo. Obrigado Cuba", afirma o ministro Jorge Arreaza.
A Venezuela regressou hoje à quarentena estrita, depois de registar, durante seis dias consecutivos, mais de 1.000 casos diários de covid-19.
Segundo a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, o país registou no domingo 1.148 novos casos do novo coronavírus, que elevaram para 33.755 o número de casos confirmados. Desde o início da pandemia, 22.700 pessoas recuperaram da doença.
Ainda no domingo, cinco pessoas morreram, elevando para 281 o número total de mortes associadas à covid-19.
De acordo com a Federação Médica Venezuelana, entre as vítimas da covid-19 estão 71 profissionais da saúde: 54 médicos, 13 enfermeiros e quatro trabalhadores de diversos serviços de centros médicos.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
A atividade económica é limitada e apenas está permitida a comercialização de produtos básicos essenciais, em horário reduzido.
Os voos nacionais e internacionais foram restringidos até 12 de setembro e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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