A última troca de tiros ocorre após o presidente israelita advertir o Hamas, no poder em Gaza, de que estava a arriscar uma "guerra" por não parar com o lançamento de balões incendiários.
Ao fim de 12 dias de lançamento de balões incendiários em Gaza, que causaram mais de uma centena de incêndios em território israelita, e ataques de 'rockets', o Estado judeu respondeu com ataques e um reforço do bloqueio imposto ao enclave palestiniano.
Na terça-feira, balões incendiários e uma granada lançada por foguete foram disparados de Gaza contra Israel, que respondeu pouco antes da meia-noite com ataques aéreos contra "alvos do Hamas", afirma o exército num comunicado, citado pela agência de notícias France-Presse.
"Um complexo militar da organização terrorista Hamas foi atingido", precisou o IDF, referindo que não há registo de vítimas.
De acordo com os bombeiros israelitas, os balões incendiários provocaram 40 incêndios no sul de Israel na terça-feira.
"O terrorismo com papagaios de papel e balões é uma forma de terrorismo como qualquer outra", disse o presidente israelita Reuven Rivlin durante uma visita aos bombeiros na área de fronteira.
"O Hamas deve saber que não se trata de um jogo. Chegará o momento em que terão de decidir. Se quiserem guerra, terão guerra", acrescentou o presidente, cuja função é essencialmente honorária.
Hamas e Israel, que viveram três guerras desde 2008, enfrentam-se esporadicamente apesar de uma trégua - promovida pela ONU, Egito e Catar - celebrada em 2019.
A troca de tiros de terça-feira ocorreu num momento em que uma delegação egípcia conduz uma mediação entre palestinianos e israelitas para encerrar os ataques entre Gaza e Israel.