As medidas incluem um "reforço dos controlos para evitar que os residentes saiam de suas casas a não ser em casos de extrema necessidade", com a obrigação "de autorizações especiais de circulação" -- à semelhança do que aconteceu durante os três meses de confinamento drástico imposto no país durante a primavera --, de acordo com a nota.
Marraquexe vai ficar sujeita a uma "intensificação do controlo de movimentos nas entradas e saídas" da cidade, com "encerramento de acessos" a vários bairros afetados por surtos infecciosos, mas também com horário restrito em restaurantes, cafés, lojas ou parques públicos.
Em Casablanca, a maior metrópole do país e que tem 3,3 milhões de habitantes, optou-se pelo encerramento de várias praias que têm atraído multidões nos últimos dias.
Também foram impostas medidas restritivas em Beni Mellal, uma pequena cidade rural na região de Marraquexe, recentemente afetada por um surto de casos, enquanto várias praias de Rabat já foram fechadas na terça-feira.
As novas medidas coincidem com um fim de semana prolongado devido a um feriado e somam-se ao reconfinamento parcial de vários bairros de Marraquexe e Casablanca, mas também do porto de Tânger e da capital administrativa Rabat, com destacamento de veículos blindados, bloqueios de estreada e patrulhas de controlo.
Marrocos vive um surto de contaminações desde o início de agosto, com mil novos casos por dia.
O país de 35 milhões de habitantes registou mais de 1.500 novos contágios e 29 mortes na quarta-feira, elevando o número total de infeções para 46.313, incluindo 743 mortes e 31.576 recuperações.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.