As equipas de resgate continuam no terreno para tentar resgatar as 19 pessoas, das 70 que ficaram presas nos escombros de um prédio de cinco andares e 47 apartamentos que colapsou na cidade de Mahad, no oeste da Índia, esta segunda-feira.
Os socorristas federais e estaduais recorreram a cães de busca para ajudar a cavar os restos da estrutura.
O edifício colapsou por volta das 18h30 local, na segunda-feira, tendo o terceiro, quarto e quinto andar ficado "completamente destruídos", reporta a CNN, que cita Anupam Srivastava, da Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia.
Ainda assim, as autoridades têm esperança de que bolsas de ar no parque de estacionamento e no primeiro andar tenham permitido às pessoas sobreviver.
"Estamos a usar os caninos para ver se conseguem identificar o cheiro de vítimas vivas", acrescentou Srivastava.
De acordo com um oficial do corpo de bombeiros local, é esperado que as operações de resgate durem mais um dia. A atualização mais recente da agência de notícias asiática dá conta de que há registo de cinco mortes (três homens e duas mulheres).
#UPDATE Maharashtra: Death toll rises to 5 in Raigad building collapse incident as NDRF recovers one unidentified female body from the site.So far, bodies of 3 males & 2 females have been recovered & 1 male child has been rescued from the debris. Rescue operation underway https://t.co/RaoimzOsMb pic.twitter.com/vrsMhYPhpS
— ANI (@ANI) August 25, 2020
As causas do incidente estão ainda por apurar, embora o desmoronamento de edifícios seja comum na Índia durante a época das monções (de junho a setembro). As chuvas torrenciais afetam as fundações dos edifícios, deixando-os fragilizados.
O edifício demorou dez anos a ser construído em fundações "instáveis", declarou à cadeia de televisão TV9 Marathi, um antigo deputado de Mahad, Manik Motiram Jagtap. "[O edifício] desmoronou-se como um baralho de cartas. Foi assustador", sublinhou.
As monções desempenham um papel capital no sul da Ásia, mas provocam também numerosas mortes e semeiam a destruição em grande escala, entre inundações e desmoronamentos de edifícios. Desde o início do ano, as monções provocaram a morte a cerca de 1.200 pessoas, mais de 800 delas só na Índia.