A Roménia, algumas regiões da Bulgária e da Croácia, grande parte de Espanha e três departamentos franceses (Bouches-du-Rhône, Guiana, Mayotte) já estavam classificados como "zonas vermelhas".
Hoje, Paris e os departamentos vizinhos de Seine-Saint-Denis e Val-de-Marne, bem como os de Sarthe (centro-oeste), Hérault e Alpes-Maritimes (sul) foram acrescentados à lista, de acordo com a página do ministério na Internet.
As autoridades sanitárias belgas consideram que as viagens ao estrangeiro constituem um importante fator de risco para a propagação do vírus no país, onde os novos casos (menos de 500 por dia) estão de novo em declínio, após um recrudescimento em julho e agosto.
Em agosto, 22% dos que tiveram resultados positivos tinham acabado de regressar de uma viagem, de acordo com números divulgados hoje pelo instituto científico de saúde pública Sciensano.
Por outro lado, em agosto em Bruxelas, apenas uma minoria (40%) dos viajantes que regressavam de "zonas vermelhas" aceitaram submeter-se ao rastreio, apesar de teoricamente obrigatório, segundo a agência noticiosa Belga.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, apelou na quarta-feira ao povo francês para "assumir a responsabilidade" pelo ressurgimento da epidemia.
"Há algumas semanas, estavam a ser diagnosticados 1.000 casos por dia, (hoje) são cerca de 3.000", disse.
Apesar do aumento de casos, Jean Castex insistiu que França precisa de regressar ao trabalho e evitar "cair numa crise económica e social que seria muito mais perigosa do que a crise sanitária".
O primeiro-ministro, que falou à rádio France-Inter e, mais tarde, num fórum de empresários, exortou os franceses a usar mais a máscara, mas insistiu que as crescentes infeções por coronavírus em todo o país "não são motivo de pânico".
Na segunda-feira, a Alemanha já tinha classificado Paris como "zona de risco", juntamente com os outros departamentos da Ile-de-France e a região Provence-Alpes-Côte d'Azur.
Toda a Espanha, com exceção das Ilhas Canárias, assim como a capital belga, Bruxelas, e várias regiões da Roménia, Bulgária e Croácia são consideradas "zonas de risco" pelas autoridades alemãs, o que obriga os turistas que regressam de férias a submeter-se a um teste obrigatório e a uma quarentena.