Ratcliffe foi diretor de inteligência nacional durante o primeiro mandato de Trump e é a primeira pessoa a ter ocupado essa posição e o posto mais alto na CIA, a principal agência de espionagem do país.
O republicano do Texas é um ex-procurador federal que se assumiu como um defensor feroz de Trump, enquanto servia como congressista, durante o primeiro 'impeachment' de Trump.
A votação de hoje no Senado recebeu 74 votos a favor e 25 contra.
Na sua audiência no Senado na semana passada, Ratcliffe disse que a CIA deve reforçar o uso de tecnologias como inteligência artificial (IA) para confrontar adversários, incluindo a Rússia e a China.
O aliado de Trump advogou que os Estados Unidos precisam de melhorar as suas capacidades de inteligência, enquanto garantem a proteção dos direitos civis dos norte-americanos.
Ratcliffe disse que, se confirmado, pressionaria a CIA a fazer mais para aproveitar tecnologias como IA e computação quântica, ao mesmo tempo em que expandiria o uso da recolha de inteligência humana.
"Não estamos onde deveríamos estar", argumentou Ratcliffe na audiência com membros do Comité de Inteligência do Senado.
Os democratas levantaram questões sobre a objetividade de Ratcliffe e se a sua lealdade a Trump o levaria a politizar a sua posição e limitá-lo face aos deveres da sua função.
Preocupações levantadas pelo senador democrata Chris Murphy forçaram os líderes republicanos do Senado a adiar a votação de confirmação de Ratcliffe, que originalmente estava marcada para terça-feira.
O ex-senador da Florida Marco Rubio foi confirmado no início desta semana como secretário de Estado, o primeiro membro do Gabinete de Trump.
Ratcliffe disse que vê a China como o maior rival geopolítico dos Estados Unidos, e que a Rússia, o Irão, a Coreia do Norte e os cartéis de drogas, gangues de 'hackers' e organizações terroristas também representam desafios à segurança nacional.
O novo membro da administração de Trump apoia o 'Foreign Intelligence Surveillance Act', um programa de espionagem do Governo que permite que as autoridades tenham acesso sem mandado a comunicações de cidadãos não-americanos fora do país. Se essas pessoas estiverem a comunicar com norte-americanos, essas conversas também podem ser identificadas, o que levou a questões sobre violações de direitos pessoais.
Trump e outros republicanos criticaram o trabalho da CIA e de outras agências de espionagem, dizendo que se concentraram demasiado nas mudanças climáticas, na diversidade da força de trabalho e em outras questões.
Os apelos por uma ampla reforma preocuparam alguns atuais e antigos funcionários da inteligência, que dizem que as mudanças podem tornar o país menos seguro.
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