Trump retira proteção a Mike Pompeo e Brian Hook (já ameaçados pelo Irão)

O principal assessor de Mike Pompeo, Brian Hook, também viu a sua proteção ser revogada após decisão de Donald Trump. Ambos enfrentaram ameaças do Irão. Outros responsáveis, como o antigo conselheiro de Trump John Bolton também vira a sua proteção revogada.

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Notícias ao Minuto com Lusa
23/01/2025 20:31 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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EUA

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revogou a proteção de segurança governamental do ex-secretário de Estado Mike Pompeo e do seu principal assessor, Brian Hook, que enfrentaram ameaças do Irão após assumirem algumas posições mais duras durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca, avança a agência APNews.

 

A decisão foi confirmada esta quinta-feira, 23 de janeiro, citando fontes do congresso e próximas do processo. De acordo com a mesma agência, Pompeo e Hook foram informados da perda de proteção na quarta-feira, que entrou em vigor às 23h00 naquela noite (4h00 de quinta-feira em Lisboa).

No dia anterior, Trump já tinha revogado a autorização de segurança e proteção John Bolton, um conselheiro de Trump durante o primeiro mandato que foi demitido do cargo.

Bolton, de 76 anos, manifestou-se "desapontado, mas não surpreendido" com a decisão de Trump.

Para além disso, as autorizações de segurança de dezenas de ex-funcionários que assinaram uma carta em 2020, foram também revogadas.

As relações entre Trump e Pompeo 'azedaram' há alguns meses, com o presidente dos EUA a dizer publicamente que Pompeo não iria desempenhar nenhuma função na sua administração durante o segundo mandato. 

O chefe de Estado norte-americano demitiu também esta semana Brian Hook no conselho do Wilson Center, um 'think tank' (grupo de reflexão).

O Departamento de Estado do governo Biden forneceu e depois renovou sistematicamente proteção 24 horas por dia pelo Serviço de Segurança Diplomática para Pompeo e Hook desde 21 de janeiro de 2021, quando deixaram o cargo juntamente com Trump. A última autorização deste tipo foi a 21 de outubro.

Pompeo e Hook foram os rostos públicos da campanha de "pressão máxima" dos Estados Unidos contra o Irão, depois de Trump se ter retirado, em 2018, do acordo nuclear com o Irão, que oferecia alívio nas sanções em troca de limitar drasticamente o seu programa nuclear. E o Irão culpou ambos pelo assassínio do comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Qassem Soleimani, a 3 de janeiro de 2020.

De acordo com um relatório enviado ao Congresso a março de 2022, o Departamento de Estado indicou que estava a pagar mais de dois milhões de dólares (1,9 milhões de euros) por mês para fornecer segurança 24 horas por dia a Pompeo e Hook. Mas documentos posteriores não incluíam o montante.

Nesses relatórios, o Departamento de Estado disse aos congressistas que as ameaças contra Pompeo e Hook continuavam a ser "graves e credíveis", pelo que se continuava a justificar a segurança fornecida pelo Governo.

Membros do Governo Biden informaram no início deste mês os membros da equipa de Trump sobre a persistência da ameaça representada pelo Irão contra Pompeo, Hook, Bolton e outros e por que razão o seu Governo prolongou a escolta de segurança deles, segundo um ex-alto responsável Governo Biden.

O responsável, que falou a coberto do anonimato, declarou que o Governo de Trump está "bem ciente" das "ameaças ativas" contra os ex-governantes e classificou a sua ação como "altamente irresponsável".

Leia Também: Trump ameaça suspender ajuda federal ao combate aos incêndios em LA

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