OMS: Pandemia acentuou comportamentos de risco de doentes crónicos

A pandemia de covid-19 acentuou os comportamentos de risco de doentes crónicos e, a longo prazo, tal poderá sobrecarregar os serviços de saúde dos países, revela um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) hoje divulgado.

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Lusa
04/09/2020 20:33 ‧ 04/09/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Segundo o relatório da OMS, o segundo sobre a evolução das doenças não transmissíveis, a pandemia e as medidas adotadas pelos países para a conter, em particular o confinamento, aumentaram certos comportamentos de risco, como a falta de atividade física, as dietas pouco saudáveis e o consumo abusivo de álcool.

A avaliação feita pela OMS, citada hoje pela agência noticiosa Efe, refere que a obesidade, o consumo de tabaco e de álcool aumentam a possibilidade das manifestações mais graves da covid-19, uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus).

São exemplos de doenças não transmissíveis (ou não infecciosas) as doenças crónicas como diabetes, cancro, doenças cardiovasculares e renais, hipertensão e asma.

De acordo com estudos anteriores, os diabéticos apresentam três vezes mais probabilidades de terem sintomas severos ou morrerem por covid-19.

No caso dos doentes hipertensos, o risco é 2,3 vezes maior, enquanto nos doentes cardiovasculares é 2,9. As pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral possuem 3,9 vezes mais possibilidades de terem manifestações mais graves da covid-19 ou morrerem.

Para a OMS, "é provável que a pressão sobre os serviços de saúde aumente a longo prazo" devido "ao possível aumento de complicações cardiovasculares e respiratórias" decorrentes da covid-19.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 869.718 mortos e infetou mais de 26,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.833 pessoas das 59.457 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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