Conforme divulgou hoje a polícia cipriota, quatro embarcações foram detetadas ao largo das costas leste e sul da República de Chipre nos últimos dois dias, transportando um total de 123 migrantes.
A mesma fonte precisou que cerca de metade destes migrantes tiveram autorização para desembarcar.
As forças policiais cipriotas informaram ainda que cerca de 21 migrantes permanecem a bordo de uma embarcação que se encontra à deriva junto da costa sudeste da ilha devido a uma avaria no motor.
A polícia precisou ainda que 12 migrantes, três mulheres e nove crianças, tinham sido retirados dessa mesma embarcação e tinham sido transferidos para um hospital cipriota por precaução.
Em declarações hoje à estação privada cipriota Alpha, o ministro do Interior cipriota, Nicos Nouris, anunciou a convocação de uma reunião de emergência na segunda-feira para avaliar os recentes desenvolvimentos.
O ministro disse que o centro de acolhimento de migrantes daquela ilha está a atingir os seus limites, recordando a necessidade de aplicar naquela estrutura os protocolos de saúde para evitar a propagação do novo coronavírus.
Na sexta-feira, Nicos Nouris saudou a aprovação por parte dos legisladores cipriotas de uma emenda constitucional que reduz o tempo permitido aos migrantes para recorrer dos pedidos de asilo rejeitados, que passa de 75 para 15 dias.
Na mesma ocasião, o ministro cipriota disse que a medida é um primeiro passo fundamental para ajudar a eliminar a enorme acumulação de pedidos de asilo atualmente verificada naquele país.
Chipre é abrangido pela rota migratória do Mediterrâneo oriental, utilizada por migrantes procedentes da Turquia que tentam entrar na Europa através da Grécia, do sul da Bulgária ou do território cipriota.