Após receber luz verde da Administração Nacional de Produtos Médicos chinesa, esta potencial vacina começará a primeira fase de testes clínicos em novembro, com uma centena de voluntários, na cidade costeira de Dongtai, na província oriental de Jiangsu.
O projeto foi desenvolvido conjuntamente pelas universidades de Xiamen e Hong Kong e a empresa de biotecnologia de Pequim "Wantai".
Peritos citados pela imprensa estatal asseguram que finalizar as três fases dos testes levaria pelo menos um ano, embora, se eficaz, a vacina possa oferecer uma "dupla imunidade" contra o coronavírus que provoca a covid-19 e a gripe.
A razão é que foram usados fragmentos da proteína que forma a "corona", que dá o nome ao agente infeccioso do SARS-CoV-2, em vírus atenuados da gripe sazonal comum.
Os promotores do projeto esperam que administrando a vacina em spray nasal se reproduza a via habitual de contágio dos vírus respiratórios e induza assim uma resposta imune, apesar de ainda se desconhecer se a proteção gerada durará mais ou menos do que se fosse injetada.
Os investigadores antecipam apenas efeitos secundários ligeiros, como congestão nasal, apesar de ser possível que provoque asma ou dificuldade em respirar.
Até ao momento, as autoridades chinesas deram luz verde aos testes clínicos de uma dezena de possíveis vacinas contra o SARS-CoV-2, o novo coronavírus que provoca a doença covid-19, das quais quatro se encontram na terceira fase.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortes e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.855 pessoas dos 62.813 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.