"Constatando que a situação da pandemia no país não se encontra ainda totalmente controlada, pese embora a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) que atesta que São Tomé e Príncipe já ultrapassou a fase aguda (...) é prorrogada a situação de calamidade pública em todo o território nacional até o dia 30 de setembro de 2020", anunciou o Governo em comunicado.
O executivo lembra que o espaço aéreo do país "está totalmente aberto desde o dia 15 de julho", mas lamentou que "se tem verificado o aumento de casos positivos de covid-19 nos principais mercados emissores de turismo e de residência das maiores comunidades são-tomenses no estrangeiro".
O início do ano letivo "que tem implicado a movimentação diária de milhares de crianças e jovens" foi também usado como justificação para o Governo prorrogar o estado de calamidade pública.
"Durante a vigência da situação de calamidade, todas as ações de base sanitária, social, financeira e económica serão coordenadas pelo Comité de Crise do Governo", criado em fevereiro, e presídio pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, lê-se no comunicado do conselho de ministros.
De acordo com o executivo, "as novas medidas de prevenção e controlo para evitar a propagação da doença serão regulamentadas por decretos".
De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas 48 horas São Tomé e Príncipe não registou qualquer caso positivo do novo coronavírus, em 82 testes realizados, mantendo-se as infeções acumuladas em 906.
Os doentes recuperados são agora 870, mas dois pacientes continuam internados no hospital de campanha instalado no centro de estágio da Federação São-tomense de Futebol (FSF), no centro da cidade de São Tomé.
Pelo menos 19 pessoas continuam em isolamento domiciliar com casos positivos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 925 mil mortos no mundo , incluindo mais de 32 mil em África.