"Faremos o que for necessário para garantir a segurança dos cidadãos, mas a primeira linha de defesa é respeitar as regras de distanciamento social", disse à emissora pública BBC.
O ministro disse que, como uma segunda "linha de defesa" está o sistema de deteção e rastreamento de contágio, depois do qual vêm os confinamentos localizados, como o que hoje vigora em partes do nordeste da Inglaterra, e, finalmente, "medidas nacionais", como as aplicadas entre março e maio.
"Não quero que isso aconteça", e para evitá-lo é importante que "as pessoas se unam e reconheçam que estamos diante de um desafio sério", afirmou.
A BBC noticiou hoje que o Executivo britânico está a avaliar a imposição de novas restrições em toda a Inglaterra na próxima semana, que incluiriam o encerramento de bares e restaurantes, mas mantendo escolas e locais de trabalho abertos, devido ao aumento exponencial de infeções nos últimos dias.
Segundo a estação pública, o diretor geral de saúde e o principal assessor científico do governo alertaram, numa reunião na quarta-feira, para o risco de um agravamento da situação epidémica e um número significativo de mortes até o final de outubro se não forem feitas mais intervenções.
O jornal Financial Times adianta que uma hipótese sugerida por cientistas que aconselham o governo é decretar um confinamento mais curto para coincidir com as férias escolares intercalares da última semana de outubro, limitando assim o impacto no ensino.
Dados oficiais divulgados na quinta-feira indicam que foram contabilizados 3.395 novos casos de covid-19 em 24 horas, com 381.614 positivos confirmados até ao momento, e um total de 41.705 mortes, após somar 21 entre quarta e quinta-feira.
Um estudo da universidade Imperial College publicado na semana passada sobre os níveis de infeção em Inglaterra indicou que o número de casos tem estado a duplicar todos os sete a oito dias desde 22 de agosto.
O Reino Unido é o país com o maior número de mortos na Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 943 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.888 em Portugal.