Pete Williams é há muitos anos correspondente da NBC News no Supremo Tribunal e, esta quarta-feira, não conseguiu conter a emoção quando reportava, em direto, a chegada do caixão de Ruth Bader Ginsburg à alta instância.
O jornalista ficou com a voz embargada, e teve que mesmo que pedir desculpa, quando explicava que Ginsburg esteve no Supremo durante 27 anos, mas que a sua carreira começou há quase 50, quando defendeu o seu primeiro caso perante o tribunal - e onde alegou, pela primeira vez, que a discriminação de género é inconstitucional.
Williams recordou, ainda, que um dos funcionários de Ginsburg lhe disse, na altura, que "discriminação de sexo" poderia soar muito chocante, motivo pelo qual a jurista optou por chamar "discriminação de género".
Longtime Supreme Court correspondent @PeteWilliamsNBC gets choked up as the casket of Ruth Bader Ginsburg arrives. pic.twitter.com/zodG6znHjX
— TODAY (@TODAYshow) September 23, 2020
Nos últimos anos como juíza do Supremo Tribunal, Ginsburg, conhecida pelas iniciais 'RBG', afirmou-se como líder inquestionável da ala progressista da instituição e na defesa dos direitos das mulheres e das minorias, conquistando admiradores entre várias camadas da população norte-americana.
A morte da juíza representa um duro golpe para os progressistas norte-americanos e poderá alterar o equilíbrio da instituição em benefício dos conservadores, de acordo com vários observadores. A questão da substituição de RBG vai dominar o final da campanha para as presidenciais norte-americanas, previstas para 3 de novembro.