Segundo estas fontes, o acordo entre o Hamas de Ismael Haniyeh e a Fatah de Mahmud Abbas prevê a realização de eleições legislativas e presidenciais, que serão as primeiras nos territórios palestinianos em quase 15 anos.
"Chegámos a acordo para a realização em primeiro lugar das eleições legislativas, depois a eleição do presidente da Autoridade Palestiniana e finalmente do Conselho Central da Organização de Libertação da Palestina (OLP) durante os próximos seis meses", disse à AFP Djibril Rajub, alto responsável da Fatah, a maior fação da OLP.
Saleh al-Aruri, responsável do Hamas, confirmou à AFP o acordo alcançado após encontros na Turquia entre a Fatah, à frente da Autoridade Palestiniana que gere a Cisjordânia ocupada, e o movimento islâmico palestiniano, no poder na Faixa de Gaza.
"Desta vez alcançámos um verdadeiro consenso (...), as divisões prejudicaram a nossa causa nacional e trabalhamos para as ultrapassar", disse Al-Aruri numa conversa telefónica a partir de Istambul.
O anúncio acontece numa altura em que as fações palestinianas iniciaram um diálogo na esperança de unir forças para contrariar a normalização das relações entre Israel e os países do Golfo. A semana passada o Estado hebreu assinou acordos com os Emirados Árabes Unidos e com o Bahrein.
Os palestinianos classificaram os acordos de normalização de "punhalada nas costas" e criticaram alguns países árabes, enquanto Israel e os Estados Unidos tentam convencer outras nações da região e seguirem os passos dos Emirados.
A Turquia e o Irão, dois países muçulmanos não árabes, criticaram aqueles acordos de estabelecimento de relações diplomáticas.