Procuradoria antiterrorismo abre investigação ao ataque em Paris
A Procuradoria antiterrorismo de França assumiu a investigação ao ataque de hoje em Paris, perto da antiga redação do jornal satírico Charlie Hebdo, que fez dois feridos graves.
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A Procuradoria abriu inquérito por "tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa".
Um homem, detido pouco depois pela polícia na Praça da Bastilha, atacou hoje com uma arma branca pelo menos duas pessoas na rua Nicolas Appert, junto ao edifício da antiga redação do Charlie Hebdo.
Um responsável policial indicou que, num primeiro momento, as autoridades pensaram que dois suspeitos estariam envolvidos, mas que agora acreditam que foi apenas uma pessoa.
A informação inicial de que quatro pessoas tinham sido feridas pelo atacante foi também corrigida pela polícia, que afirma agora haver dois feridos, que estão em estado grave, mas não correm perigo de vida.
A agência noticiosa Premières Lignes, que funciona no edifício, confirmou à rádio France 2 que dois dos seus trabalhadores, "um homem e uma mulher", foram feridos no ataque, ocorrido na rua.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, suspendeu uma visita que estava a fazer a um subúrbio do norte de Paris e dirigiu-se ao centro de crise do Ministério do Interior.
O ministro do Interior, Gérald Darmanin, deslocou-se ao local do ataque.
A câmara municipal de Paris anunciou que "milhares de alunos foram confinados" por precaução.
Cinco escolas do bairro onde ocorreu o ataque e todas as escolas dos bairros vizinhos foram encerradas, envolvendo "milhares de alunos, da creche ao liceu", precisou o município, acrescentando que vão igualmente ser encerrados equipamentos municipais e ginásios.
A antiga redação do jornal, na zona leste de Paris, foi palco, a 7 de janeiro de 2015, de um ataque 'jihadista' que fez 12 mortos e cinco feridos graves.
O julgamento dos presumíveis cúmplices desse e de outros ataques 'jihadistas' em Paris está a decorrer, desde o início de setembro, na capital francesa.
O Charlie Hebdo mudou as suas instalações depois do ataque.
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