Pelosi acusa Trump de colocar interesses pessoais à frente do país

A líder dos democratas no Congresso dos Estados Unidos disse hoje que o Presidente colocou o proveito próprio à frente do interesse do país, depois de Trump anunciar a suspensão das negociações para o pacote de estímulo económico.

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Lusa
06/10/2020 21:58 ‧ 06/10/2020 por Lusa

Mundo

EUA

 

"news_bold">"Mais uma vez, o Presidente Trump mostrou a verdadeira face: colocar o seu interesse à frente do do país, com a plena cumplicidade dos parlamentares republicanos", criticou Nancy Pelosi, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a suspensão, até às presidenciais de 03 de novembro, das negociações com os democratas do pacote de estímulo económico do país, destinado a responder aos efeitos da pandemia.

Pelosi acrescentou que esta decisão demonstra que, "obviamente, a Casa Branca está uma bagunça".

"Instruí os meus representantes para interromperem as negociações até depois das eleições quando, imediatamente após a minha vitória, aprovaremos a principal lei de estímulo que se focará nos [norte]-americanos trabalhadores e nos pequenos negócios", escreveu o chefe de Estado norte-americano na rede social Twitter.

Trump adiantou que pediu ao líder do Senado, o republicano Mitch McConnell, para trabalhar "a tempo inteiro" na aprovação da nomeada de Trump para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, a magistrada Amy Coney Barrett.

"A nossa economia está muito bem. A mercado bolsista está em níveis recorde, empregos e o desemprego também estão a recuperar em números recorde. Estamos a líder a nível mundial na recuperação económica, o melhor ainda está para vir", finalizou o Presidente norte-americano e recandidato ao cargo.

Ainda hoje, o presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, disse que o apoio financeiro desta instituição e do Governo impulsionaram uma recuperação sólida da recessão provocada pela pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, no entanto, o processo poderá falhar se não houver apoios adicionais.

As declarações de Trump surgem na mesma altura em que a líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, discute com o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, as linhas do pacote que servirá de estímulo à economia norte-americana.

O Presidente dos Estados Unidos anunciou no final de setembro a escolha da juíza Amy Coney Barrett para substituir no Supremo Tribunal norte-americano Ruth Bader Ginsburg, que morreu no mesmo mês.

Juíza do Tribunal de Recurso do 7.º Circuito, em Chicago, devota católica que trabalhou com o antigo juiz conservador Antonin Scalia, Barrett mostrou-se "profundamente honrada" pela confiança demonstrada por Trump.

Barrett terá feito parte da lista de possíveis nomeados em 2018, quando Trump escolheu Brett Kavanaugh para substituir Anthony Kennedy.

Com 48 anos, caso seja confirmada, Barrett será a juíza mais jovem do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, no qual os nove elementos podem permanecer de forma vitalícia.

Herdeira ideológica do falecido juiz conservador Antonin Scalia, Barrett está assim indicada para ocupar o lugar deixado vago pela morte de Ruth Bader Ginsberg, em 18 de setembro último, e operar o desequilíbrio ideológico mais profundo no Supremo norte-americano desde que há três décadas Clarence Thomas, nomeado por George H. Bush em 1990, substituiu Thurgood Marshall, o "senhor Direitos Civis", que tinha sido nomeado pelo Presidente democrata Lyndon Johnson em 1967.

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