De acordo com a agência France-Presse (AFP), depois de um longo e tortuoso julgamento, que começou em janeiro de 2014, o magistrado Francis Andayi decidiu que Mohamed Ahmed Abdi e Hassan Hussein Mustafa tinham "conspirado" e prestado apoio aos quatro membros do comando, que morreram no ataque reivindicado pelos islamistas somalis radicais al-Shebab, filiados da Al-Qaeda.
O terceiro acusado, Liban Abdullahi Omar, foi absolvido de todas as acusações e imediatamente autorizado a abandonar a prisão. Não ficou claro se o juiz proferiria as sentenças imediatamente ou numa audiência posterior.
Mohamed Ahmed Abdi e Hassan Hussein Mustafa "estavam em constante comunicação com os assaltantes, como provou a acusação", disse o juiz, e "embora não haja provas formais de que tenham prestado apoio material aos assaltantes (...) acredito que as suas comunicações com os assaltantes tenham prestado apoio aos seus negócios".
Ao meio-dia de sábado, 21 de setembro de 2013, um comando de quatro homens atacou o Westgate, atirando granadas e disparando indiscriminadamente contra lojistas e clientes que se encontravam neste centro comercial de luxo da capital queniana, onde depois se esconderam.
Começou então um cerco de quatro dias, transmitido em direto na televisão, durante o qual as forças de segurança lançaram uma série de ataques para desalojar os atacantes.
O ataque foi reivindicado pelos islamistas somalis do al-Shebab, em retaliação à intervenção militar queniana no sul da Somália, desde finais de 2011.
O exército queniano juntou-se então à força da União Africana na Somália (Amisom) e ajudou a expulsar o al-Shebab de muitos dos seus bastiões.