As bandeiras foram colocadas durante a madrugada por cerca de 180 voluntários da Associação Nacional de Vítimas e Afetados pelo Coronavírus (ANVAC), cujo porta-voz, Jaime Sánchez, disse tratar-se de uma ação semelhante às realizada em outras partes de Espanha, mas com a 'nuance' de que agora existem mais 3.000 bandeiras, "depois de o Instituto Nacional de Estatística espanhol ter elevado o número de mortes" por covid-19.
"As bandeiras foram colocadas a partir das 03:00, depois de se limpar a zona. Recolhemos o lixo que deitámos fora, por isso não só não sujamos o local onde o fazemos, mas deixamos como estava, ou melhor" explicou Sánchez.
"Escolhemos a bandeira porque a Constituição diz que ela nos representa a todos", adiantou.
O porta-voz da ANVAC explicou também porque nunca tornam público o local onde vão realizar estas ações: "há pessoas e grupos que nos ameaçam e não entendem o porquê de fazermos isto. Embora seja uma pequena parte da sociedade, preferimos não divulgar onde vamos colocar as bandeiras".
Jaime Sánchez sublinhou o caráter apolítico e não confessional da associação a que preside e afirmou que "dos mais de 3.500 associados, ninguém se pronunciou contra estes atos porque todos entendem que a bandeira representa todos os espanhóis".
A associação leu ao meio-dia (hora local) em Sevilha e em todos os locais onde atua um manifesto em memória das vítimas e recolherá as bandeiras a partir das 18:00 (17:00 em Lisboa).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e nove mil mortos e perto de 37 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.