As declarações foram proferidas no Malanje, norte de Angola, após a inauguração do Instituto Superior das Tecnologias Agro-Alimentares de Malanje (ISTAM), que resultou de uma parceria com França.
Apontando o país europeu como "uma potência agrícola", João Lourenço, destacou que se Angola souber tirar proveito desta colaboração "é muito provável que Angola também venha a ser uma potência agrícola no continente africano".
Para o chefe do executivo angolano, que respondeu a perguntas relacionadas com a sua visita ao Malanje, este "é um sonho realizável".
"Temos condições objetivas para poder alcançar este sonho, temos boas terras, abundância de água, precisamos é de formar o homem e o que se vai fazer nesta instituição é precisamente formar o homem", no quadro da cooperação com França, indicou.
João Lourenço referiu que a instituição de ensino superior "vem cobrir uma grande lacuna" relacionada com a necessidade de transformação dos produtos do campo, que exige conhecimentos técnicos especializados.
O Presidente angolano afirmou que o país começa a ter já alguma produção agrícola "mas, lamentavelmente, não apenas devido às dificuldades de escoamento, mas sobretudo devido à falta de indústrias de transformação e processamento dos alimentos, muito produto se estraga".
Mas adiantou que o governo tem dado uma atenção particular à educação e ensino, sobretudo ao ensino superior, que se materializa neste caso no ISTAM, onde os jovens vão "aprender as técnicas mais modernas para transformação dos produtos do campo".
Deixou também uma mensagem aos investidores que queiram investir no agronegócio e na agroindústria de que terão os quadros técnicos que precisam para a transformação dos produtos locais.
Segundo João Lourenço, o objetivo é replicar o projeto noutros pontos do país onde existam "candidatos a formação", com realce para outras províncias com potencial agrícola próximo do do Malanje, como o Uíje e o Cuanza Norte.