Há uma imagem a circular nas redes sociais que está já a ser apelidada de um "resumo" da presidência de Donald Trump, avança o Indy100. Na imagem, captada pelo fotógrafo Doug Mills, do The New York Times, o presidente dos Estados Unidos surge a entrar no Air Force One, em direção a Orlando, na Flórida, sem máscara... quando todos à sua volta têm uma colocada.
Apesar de ter sido conhecido que estava infetado com o novo coronavírus há apenas duas semanas, Trump quase não parou a sua agenda pouco depois de ter recebido alta do Walter Reed Medical Center, onde esteve internado por três dias. Na fotografia há dois dias revelada, o líder do país mais influente do mundo parece "mais interessado em abrigar-se da chuva". "Entretanto, mais ninguém parece estar preocupado com a meteorologia", escreve a publicação.
As críticas à imagem não se fizeram esperar com diversas partilhas nas redes sociais. "Sem máscara, sem vergonha, sem respeito pela vida humana", foi o comentário do jornalista Steven Beschloss. Já o escritor, ensaísta e jornalista James Gleick comentou que "ninguém recebe um salário suficiente para estar num avião com este homem".
No mask, no shame, no respect for human life. https://t.co/bul9FNq6FV
— Steven Beschloss (@StevenBeschloss) October 13, 2020
No one is getting paid enough to be on a plane with this man. https://t.co/f4da2X3X5O
— James Gleick (@JamesGleick) October 12, 2020
Donald Trump subiu ao palco em Sanford, no estado da Flórida, na passada segunda-feira, e declarou estar de boa saúde, dizendo que se sentia "poderoso" e suficientemente bem para mergulhar na multidão e "beijar os homens e as mulheres bonitas".
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o comício realizou-se sem distanciamento social, e o uso de máscaras não era generalizado entre os milhares de pessoas presentes. A ação de campanha para as presidenciais de 3 de novembro durou cerca de uma hora.
Já noutra ação de campanha em Johnstown, Pensilvânia, Trump apontou para um homem na plateia e disse ser capaz de beijá-lo para provar que é "imune" ao coronavírus, num discurso que está a ser descrito como bizarro pela imprensa internacional.