Itália registou 10.925 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um novo máximo diário. Com esta atualização, o total acumulado de casos sobe para 402.536.
Os dados divulgados hoje indicam que foram registados 47 óbitos no último dia, sendo agora o total de 36.474.
Atualmente, há 116.935 casos ativos da doença, dos quais 6.617 estão em hospitais - 705 em unidades de cuidados intensivos - enquanto os restantes estão em casa, com sintomas leves ou assintomáticos.
As regiões com o maior aumento de contágios foram a Lombardia (norte), epicentro da pandemia desde o primeiro momento, com um total de 2.664 novos casos, e Campânia (sul), com Nápoles, a capital, a registar 1.410.
O Governo italiano está a considerar a adoção de novas medidas para conter o avanço da pandemia, embora exclua um confinamento geral semelhante ao realizado na primavera.
O executivo italiano deverá reunir-se ainda hoje para preparar um novo decreto com medidas urgentes para conter a pandemia, refere a comunicação social local, também citada pela Efe.
Depois de decretar limitações aos horários de restaurantes, bares e outros estabelecimentos, obrigados a encerrar à meia-noite, e as proibições de festas privadas e a prática de desportos amadores, o executivo prepara um texto que deve ser publicado ainda antes de segunda-feira.
Entre as medidas a decretar, espera-se um reforço da promoção do trabalho remoto, uma forma de evitar a saturação dos transportes públicos, que se configura como uma das maiores preocupações para as autoridades italianas.
De acordo com fontes do executivo, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, deverá realizar uma conferência de imprensa no domingo para anunciar e explicar estas medidas, refere a Efe.
O chefe do Governo afastou a ideia de um novo confinamento, argumentando que as autoridades estão agora dotadas de meios para o combate à pandemia.
"A primeira vaga, obviamente, apanhou-nos sem quaisquer meios porque nem sequer conhecíamos as características do inimigo", disse Conte num evento em Génova, no norte de Itália, apontando que então o país não tinha máscaras, ventiladores ou material de testagem.
Apesar do reforço da capacidade de Itália para enfrentar a covid-19, o primeiro-ministro apelou à colaboração dos cidadãos: "Temos de nos proteger", assinalou.
Ainda que o país registe o maior número de casos diários, o comissário de emergência, Domenico Arcuri, garantiu que Itália "não se encontra numa fase dramática".
"Estamos perante uma segunda vaga com características muito diferentes das da primeira. Portanto, não há alarmismo, mas é necessário que todos nos ajudem, porque quanto mais responsáveis forem os italianos, menos medidas drásticas teremos de tomar", vincou o responsável.