A França registou esta quinta-feira mais 41.622 novas infeções por novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo as autoridades sanitárias, quase o dobro do reportado na véspera (26.676) e um recorde desde que a pandemia chegou ao país, no início de março. Nos últimos sete dias a média de novos casos reportados é de mais de 27 mil.
No total, já foram identificados 999.043 casos positivos, de acordo com dados da Instituição de Saúde Pública de França. O país aproxima-se do milhão de casos de infeção, trágico patamar que foi ontem ultrapassado por Espanha, o primeiro país europeu e sexto a nível mundial a fazê-lo.
A revelação do dados pandémicos referentes às últimas 24 horas segue-se a um anúncio de endurecimento de medidas em França, por parte do primeiro-ministro, Jean Castex. A medida de recolher obrigatório passará a vigorar em 54 departamentos franceses a partir de sábado, impactando a vida de 46 milhões de cidadãos.
"A segunda vaga está aqui", disse o primeiro-ministro, justificando o alargamento desta medida com a duplicação do número de novos casos a cada 15 dias em França. "Digo isto com muita clareza. As semanas que se aproximam serão duras, os nossos hospitais vão ser postos à prova e o número de mortos vai continuar a aumentar. Novembro vai ser complicado", indicou.
O número total de mortes aumentou esta quinta-feira para 34.210, com mais 165 óbitos registados no último dia. Os dados hoje divulgados mostram que a maior parte das mortes ocorreram nos hospitais (23.198, mais 162 do que na véspera).
A tutela dá ainda conta de 10.166 pessoas hospitalizadas nos últimos sete dias, com 1.627 em unidades de cuidados intensivos (UCI).
Os focos de contaminação no país continuam também a aumentar, com 201 novos focos identificados desde ontem, havendo agora 1.955 focos de contaminação a serem investigados em todo o território francês (443 dos quais em lares de idosos).
Há 91 províncias no país que são consideradas como de vulnerabilidade elevada.