Mais dois altos responsáveis palestinianos infetados com Covid-19

Dois outros altos responsáveis palestinianos foram diagnosticados com covid-19, depois de o secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, ter sido hospitalizado em estado "crítico", disse um deles à agência France-Presse (AFP).

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Lusa
23/10/2020 09:54 ‧ 23/10/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

O ministro palestiniano do Desenvolvimento Social, Ahmed Majdalani, e Azzam al-Ahmad, dois membros do comité central da OLP, realizaram testes positivos para o coronavírus, que afetou mais de 44.000 pessoas na Cisjordânia ocupada e 5.000 na Faixa de Gaza, segundo dados oficiais, disse Al-Ahmad à AFP.

Os dois responsáveis políticos baseados na Cisjordânia juntam-se a Hanane Achraoui, do quadro da OLP, Saeb Erekat, secretário-geral da organização, e Saleh al-Arouri, alto funcionário do Hamas, o movimento islâmico no poder na Faixa de Gaza, numa lista de figuras políticas palestinianas atingidas pelo vírus.

Principal negociador dos palestinianos, Erekat está em "estado crítico", indicou na segunda-feira o hospital em Jerusalém para onde foi transferido.

Aos 65 anos, Erekat, uma das personalidades palestinianas mais conhecidas no estrangeiro, sofre de fibrose pulmonar e, em 2017, foi submetido a um transplante de pulmão num hospital norte-americano.

Este amigo próximo do Presidente da Autoridade Palestiana, Mahmoud Abbas, participou, como principal negociador do lado palestiniano, nas negociações de paz com Israel, que estão num impasse há anos.

Nas últimas semanas, Erekat criticou a normalização das relações entre Israel e dois países do Golfo, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, decidida sem uma paz prévia entre os palestinianos e o Estado hebreu.

Alguns israelitas manifestaram-se nos últimos dias do lado de fora do hospital Hadassah Ein Kerem, onde Erekat está em tratamento intensivo, alegando que o Estado judeu não tem de tratar o político palestiniano.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 41,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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